Ser mãe

Ser mãe não é fácil e quem disser o contrário estará a mentir. Ser mãe é esgotante, física e mentalmente. Ser mãe é querermos fazer tudo sozinhas, porque a sociedade assim nos diz. Ser mãe é desesperar em segredo, para não mostrarmos que não sabemos o que fazemos. Ser mãe é chorar no escuro, para não mostrarmos as nossas fraquezas.

Ser mãe não deveria ser assim. Ser mãe deveria ser a melhor e mais magnífica experiência para uma mulher. Mas a falta de confiança em nós e o excesso de informação na internet, faz com que duvidamos de tudo o que fazemos e sabemos.

Podemos mudar isto, sendo mais confiantes.

Confiar em nós próprias

“Não existe uma forma para sermos mãs perfeitas, mas existe mil e uma formas para sermos boas mães”.

Eu sei que digo isto muitas vezes, mas digo-o para mim. Para eu acreditar que o que eu faço pelos meus filhos é o melhor que eu posso fazer e que estou a tentar, não, estou a ser uma boa mãe para eles. Quase que se tornou o meu mantra. Repito isto todos os dias. E todos os dias a minha confiança como mãe fortalece e cresce.

10 dicas para nos tornarmos Mães mais confiantes

Existem muitas coisas que podemos fazer para nos tornarmos Mães mais confiantes. Podemos arranjar um mantra e repeti-lo todos os dias, por exemplo.

Estas são as minhas 10 dicas para nos tornarmos Mães mais confiantes e que partilho convosco, principalmente com as mães de primeira viagem.

  1. Ser feliz! Ser feliz com o nosso bebé, aproveitar todos os momentos com ele, esquecer a loiça por lavar e as camas por fazer, e estar verdadeiramente presente com ele. Não vamos querer perder nenhum momento do se crescimento e desenvolvimento, e acredite que isso vi acontecer, quando o bebe for para a creche ou para casa dos avós;
  2. Tempo para nós próprias. É importante ter um tempinho para nós próprias todos os dias. É o chamado “mom time”. Este tempo serve para nos lembrarmos de que para além de sermos mães, também somos mulheres, com vontades próprias, com passatempos e interesses próprios. Precisamos deste tempo para recarregar energias, para depois quando voltarmos para junto do nosso bebé, estarmos descansadas, pacientes, e com VONTADE para estarmos com ele. Talvez um banho de espuma, uma caminhada, ou uma ida ao cabeleireiro. O que acham?
  3. Agir como se soubessemos o que estamos a fazer. Estranho, certo? “Mas e se não soubermos o que estamos a fazer? E se tivermos dúvidas?” Respiramos fundo e antes de mais acalmamo-nos. O nosso bebé sente e sabe quando algo está errado connosco. Se estivermos nervosas a dar-lhe banho, com receio de o deixar cair, ou a limpar-lhe o cordão umbilical com receio de o magoarmos, ele vai se aperceber e vai ficar nervoso, e nós não conseguiremos aproveitar cada momento com ele a 100%;
  4. Ser decisiva. Dar ouvidos os nossos instintos e tomar as decisões com rapidez e confiança. Começar com coisas pequenas, como por exemplo decidir entre “Mustela” ou “Barral”; entre “fraldas Dodot” ou”fraldas de marca branca”, etc. E depois de tomar a decisão, agir em conformidade, sem dúvidas;
  5. Tomar notas. Quando temos dúvidas, a primeira coisa que fazemos é ir à internet e tirar as nossas dúvidas, seja em foruns de mães, seja em sites de saúde. Quando vamos ao médico, achamos que já sabemos tudo e temos todas as questões na nossa cabeça. Mas com o stress por termos o nosso filho doente, ou por ele estar irrequieto por estar há tanto tempo no consultório, acabamos por nos esquecer do que queriamos perguntar. Pior ainda, esquecemo-nos do que o médico nos disse. O ideal é tomar notas, tanto em casa, como no médico. Ele também o faz. porque não o haveríamos de fazer também?
  6. Não esconder as nossas emoções. Muitas vezes perdemos a calma quando o nosso bebé está a choar há horas, ou quando o nosso filho está a fazer uma birra. Depois de um dia inteiro assim, é normal que fiquemos nervosas, com lágrimas nos olhos. E não faz mal mostrar ao nosso filho que não estamos bem. Desde que não seja uma coisa recorrente. Estamos tristes, então explicamos ao nosso filho que estavamos tristes, mas que já passou. Estavamos assustadas, então explicamos ao nosso filho que estavamos assustadas mas que agora está tudo bem. Parece estranho, certo? É preferível expicar as nossa emoções do que as esconder. Os nossos filhos percebem qundo algo não está bem, e esconder deles poderá ter um efeito negativo no futuro deles como adultos emocionais. Mas ser uma “drama queen” não é opção, ok?
  7. Filtrar os conselhos, principalmente se o vosso instinto diz-vos que é um mau conselho. Toda a gente tem algo a dizer. Os nossos pais. Os nossos sogros. Os nossos amigos. Todos opinião porque acham que têm mais experiêcia do que nós. Porque acham que como tiveram mas filhos do que nós, já passaram por todas s experiências, e por isso são experts;
  8. Não existem más mães. Todas as mães têm dúvidas.Eu tenho dois filhos e às vezes questiono-me se estou a ser uma boa mãe, se estou a educá-los corretamente, se estou a alimentá-los corretamente… Às vezes os acidentes acontecem, Estávamos a olhar para ele, e desviamos o olhar por um minuto, e o nosso bebé cai. Eu levantei-me do sofá e ao mesmo tempo o Dinis caiu do sofá e fomos para o hospital para ver se não tinha um traumatismo craniano – Traumatismos Cranianos. E isso faz de mim uma má mãe? Não claro que não. Quando algo assim acontecer, temos de nos acalmar e pensar o queé que levou a que isso acontecesse e o que fazer para impedir que volte a acontecer. E depois colocar o incidente no passado;
  9. Birras. Todas nós já lidamos com as birras dos nossos filhos, e quem ainda não lidou, preparem-se! As birras são normais e até saudáveis, como disse o pediatra Hugo Rodrigues, na conferência “Sono, birras e manhãs”. Para o Dr. Hugo, fazer birra revela inteligência e não é sinónimo de má educação (excepto quando as crianças são premiadas por fazerem birras). A birra é um teatro para envergonhar os pais e as crianças quando fazem birras procuram espectadores. Por isso a melhor forma de lidar com as birras é ignorar e não ceder / premiar. Evitem audiência. Se estiveem na rua, procurem um lugar mais calmo / resguardado e tentem acalmar o vosso filho;
  10. Os amigos competitivos. Todas nós os temos. Está a nossa natureza ser competitivo, e pior ainda se tivermos filhos de idades aproximadas, ou então na mesma família. “Ah, o teu filho ainda não caminha? Olha que a minha começou há dois meses. Sabes o que tens de fazer?…”, etc, etc, etc. E sabem qualdeve ser a nossa resposta? “Estamos felizes com o desenvolvimento do nosso filho!”

E vocês Mamãs que dicas gostariam de partilhar connosco? Escrevam para livia.gomes@maereal.pt

 

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