Dar colo
Hoje, enquanto fazia a minha visita diária ao facebook (é importante mantermo-nos a par dos acontecimentos mais importantes na vida da família e amigos 🙂 ), descobri um video muito interessante sobre dar colo aos bebés. O vídeo, que partilho de seguida, é de Stephanie Sapin, que há 38 anos ajuda grávidas e pais de bebés de até 1 ano a cuidarem dos seus bebés, com confiança e sem receios.
O video tem como título “Colo vicia?”
Partilho este video, porque tal como muitas outras mães, também ouvi que não se devia dar muito colo aos bebés, que eles depois ficam mal habituados, etc, etc. Mas a verdade é que o nosso bebé passa 9 meses na nossa barriga a ser embalado por nós. Se damos colo durante 9 meses antes de eles nascerem, porque não deveríamos fazê-lo depois de nascerem? E sim, é cansativo principalmente quando eles são grandes e pesados, mas é tão bom tê-los no nosso colo, sentir as mãozinhas deles à volta do nosso pescoço, e sentir aquele cheirinho de bebé tão bom…
Stephanie Sapin
“Colo vicia? Não, colo não vicia. Colo é muito bom, é muito necessário. Quanto mais colo dermos, melhor.”
Alguns pontos interessantes:
- O contacto físico é fundamental para o desenvolvimento do bebé. Durante os primeiros 3 meses de vida, o bebé deverá ficar dentro de uma bolsa de canguru, tal como o bebé canguru. Nós não temos a bolsa de canguru, mas temos os braços e damos colo.
- O bebé só começa a deixar o colo / a não querer o colo, quando começa a gatinhar por volta do 8 meses.
- Não devemos misturar colo com adormecer ao colo. Não devemos deixar o bebé adormecer ao colo. O bebé deve dormir no berço ou pelo menos acordar no lugar onde adormeceu. É stressante para o bebé adormecer ao colo e depois acordar no berço.
O colo influencia o ADN
Ainda sobre o colo, li uma notícia que falava sobre um estudo efetuado pela British Columbia University, no Canadá, que diz queo toque físico, ou a falta dele, influencia o ADN do bebé.
O estudo avaliou 94 bebês com cinco semanas de vida e pediu para os pais manterem um diário sobre o comportamento deles (como dormir, agitação, choro ou alimentação) e a quantidade de tempo que passavam no colo. Depois, quando os pequenos chegaram aos quatro anos de idade, foram recolhidas amostras de ADN das suas bochechas.
“Os cientistas examinaram uma modificação bioquímica chamada metilação do ADN , na qual algumas partes do cromossoma são marcadas com pequenas moléculas de carbono e hidrogénio. Essas moléculas agem como “interruptores de luz” que ajudam a controlar o quão ativo cada gene é e, portanto, afetam o funcionamento das células.
A extensão da metilação, e onde no ADN isso acontece especificamente, pode ser influenciada por condições externas, especialmente na infância. Esses padrões epigenéticos também mudam de maneiras previsíveis à medida que envelhecemos.
Os cientistas descobriram diferenças de metilação consistentes entre crianças com muito contato físico e de pouco contato fisico em cinco locais específicos do ADN. Dois desses sitios enquadram-se nos genes: um desempenha um papel no sistema imunológico e o outro está envolvido no metabolismo. No entanto, os efeitos a jusante dessas mudanças epigenéticas no desenvolvimento infantil e na saúde ainda não são conhecidos.
As crianças que experimentaram maior sofrimento e receberam relativamente pouco contato físico tiveram uma “idade epigenética” menor que a esperada, dada a idade real. Uma discrepância entre a idade epigenética e a idade cronológica tem sido associada a problemas de saúde em alguns estudos recentes.”
Conclusão
Concluindo, colo é bom e recomenda-se!
Se quiserem saber mais, podem aceder aos seguintes sites: