No post de hoje, quero partilhar convosco algumas dicas para grávidas (e não, não estou grávida, mas como já passei por isso, duas vezes, sinto-me uma expert nesta questão 😂 ).

Na verdade, estas dicas surgem após uma pesquisa intensa, onde questionei algumas mamãs sobre sintomas que surgiram durante a gravidez, dos quais elas pouco ou nada sabiam sobre.

Espero que ajude futuras mamãs!

SINTOMAS NA GRAVIDEZ

Os sintomas na gravidez variam muito de grávida para grávida, e até de gravidez para gravidez. Eu sei que nas minhas duas gravidezes, os sintomas foram diferentes. Tive muito mais azia na gravidez do Dinis, por exemplo, mas em ambas tive hemorróidas. Sim, eu tive hemorróidas e não tenho vergonha de o assumir aqui.

1. AZIA

Indigestão, também chamada azia ou refluxo ácido, é comum na gravidez. Pode ser causada por alterações hormonais e pelo crescimento do bebé que pressiona o nosso o estômago.

Os sintomas de indigestão e azia incluem:

  • sensação de queima ou dor no peito
  • sentir-se cheia, pesada ou inchada
  • arrotar
  • sentir-se doente

Os sintomas geralmente aparecem logo após comer ou beber, mas às vezes pode haver um atraso entre comer e desenvolver indigestão.

Os mais comuns surgem a partir das 27 semanas.

Alterações na dieta e no estilo de vida podem ser suficientes para controlar os sintomas, principalmente se forem leves.

  • Comer comida saudável
  • Comer pouco mas mais vezes durante o dia
  • Não comer antes de deitar
  • Reduzir as bebidas que contêm cafeína e os alimentos ricos, condimentados ou gordurosos
  • Manter-se na posição vertical
  • Sentar-se direita durante as refeições, para aliviar a pressão no estômago
  • NÃO FUMAR
  • Evitar o alcoól

2. NÁUSEAS E VÓMITOS

As náuseas e vómitos durante a gravidez  são muito comuns no início da gravidez. São mais conhecidos com enjoos matinais e sinceramente eu não me recordo de ter passado por isso.

Por norma acontecem de manhã, daí o nome de enjoos matinais. Mas algumas mulheres sofrem destes enjoos durante o dia.

Não são perigosos mas desagradáveis, e eventualmente desaparecem a partir das 16 semanas.

Se vomitas e:

tens urina muito escura; se não fazes xixi há mais de 8 horas; sentes-te fraca, tonta, a desmaiar quando te tentas levantar; tens dores de barriga; tens dres ou sangue quando urinas; se perdeste peso; estes podem ser sinais de desidratação ou infeção urinária. VAI AO MÉDICO!

O que fazer para melhorar as náuseas e vómitos, matinais ou não:

  • descansar bastante
  • evitar alimentos ou cheiros fortes
  • comer algo como uma torrada ou um biscoito simples antes de te levantares
  • comer refeições pequenas e frequentes com alimentos simples, ricos em carbohidratos e com baixo teor de gordura (como pão, arroz, biscoitos e massas)
  • comer alimentos frios em vez de quentes, por causa do cheiro
  • beber bastantes líquidos, como água (beber um pouco e muitas vezes pode ajudar a prevenir o vómito)
  • comer alimentos ou bebidas que contenham gengibre – existem evidências de que o gengibre pode ajudar a reduzir náuseas e vómitos
  • tentar acupuntura – há evidências de que pressionar o pulso, usando uma pulseira ou pulseira especial no antebraço, pode ajudar a aliviar os sintomas
  • tomar medicação ou suplementos, mas sempre com orientação médica.

3. DORES DE CABEÇA

As dores de cabeça surgem principalmente no primeiro trimestre e acabam por desaparecer por volta das 20 semana.

Estas não fazem mal ao bebé, mas são desconfortáveis.

Às vezes, as dores de cabeça podem ser um sintoma de pré-eclâmpsia, uma condição que afeta algumas mulheres grávidas, geralmente após as 20 semanas de gravidez ou logo após o parto. A pré-eclâmpsia pode levar a complicações graves se não for tratada.

O paracetamol (como o Ben-U-Ron) é a primeira opção de analgésico para quem está grávida ou a amamentar, pois não tem efeitos prejudiciais nem para a mãe nem para o bebé. No entanto, por segurança, não devemos manter a toma do paracetambol durante muito tempo, e claro, sempre sob vigilância médica.

4. OBSTIPAÇÃO

As alterações hormonais no nosso corpo quando estamos grávidas podem causar obstipação, ou seja,dificuldade em fazer cocó. Vá, somos todas adultas e já passamos por este problema alguma vez na vida.

Na gravidez, a obstipação dá-se pela diminuição dos movimentos de esvaziamento do estômago e do intestino.

Se já sofrem de obstipação, sem estarem grávidas, a probabilidade de o sofrerem durante a gravidez e após é muito grande. Eu sei disso. E bem 😟.

Então como prevenir a obstipação?

  • comer alimentos ricos em fibras, como pães e cereais integrais, frutas e legumes como feijão e lentilhas
  • fazer exercícios para grávidas regularmente para manter os músculos tonificados
  • beber bastante água
  • evitar suplementos de ferro, que podem causar prisão de ventre (tive de tomar após o parto e foi terrívellllll)

5. HEMORRÓIDAS

Vamos falar sobre hemorróidas, sim?

As hemorróidas podem surgir pela primeira vez na gravidez, ou se já as têm, poderão agravar-se durante a gravidez, ou então, como foi o me caso, surgir no pós-parto. Imaginem (ou não) Obstipação + Ferro + Hemorróidas = pós-parto muito infeliz 😟

As hemorróidas surgem devido ao aumento de pressão dos vasos causado pepo crescimento do útero, e também por causa da obstipação.

Como evitar as hemorróidas?

  • beber muitos líquidos e comer fibras
  • usar papel higiénico húmido
  • tomar paracetamol para as dores
  • tomar um banho quente para aliviar a dor
  • colocar gelo no local
  • evitar tudo o que provoque a obstipação
  • usar géis de aplicação local

6. INCHAÇO DAS PERNAS

É normal sentir o corpo inchado durante a gravidez, principalmente nas pernas, tornozelos, pés e dedos.

Muitas vezes, é pior no final do dia e depois da gravidez.

O inchaço surge gradualmente e geralmente não é prejudicial para a mãe nem para o bebé, mas pode ser desconfortável.

Este inchaço dá-se devido ao aumento de pressão dos vasos, causado pelo aumento do útero

O que podemos fazer?

  • Evitar ficar de pé por longos períodos (coisa que eu não fazia, porque me sentia melhor de pé do que sentada);
  • Usar sapatos e meias confortáveis, como as meias de compressão elástica;
  • Beber bastante água;
  • Fazer banhos de água fria;
  • Fazer exercício, como caminhadas regulares durante o dia.

Alguns exercícios:

Dobrar e esticar o pé para cima e para baixo 30 vezes

Girar cada pé em círculo 8 vezes numa direção e 8 vezes noutra direção

Um aumento repentino de inchaço pode ser um sinal de pré-eclampsia, uma condição que afeta algumas mulheres grávidas, geralmente durante a segunda metade da gravidez (cerca de 20 semanas) ou logo após o nascimento.

 

7. CANSAÇO

O cansaço é possivelmente o sintoma mais frquente e comum em todas as grávidas.

No primeiro trimestre andamos mais sonolentas e cansadas. Depois no segundo trimestre andamos cheias de pica, com vontade de decorar o quartinho do bebé, montar móveis, lavar e passar roupa a ferro, etc. Mas depois o cansaço regressa no final da gravidez, porque sentimos dificuldade em dormir e estamos grandes e gordas.

O que fazer?

No início da gravidez devemos tentar descansar e dormir sempre que temos sono e pudemos (com um filho pequeno, era quase impossível!). E o mesmo se aplica no final da gravidez. Devemos ainda tentar encontrar a melhor posição para nós e para o bebé. As almofadas ajudam muito nesse aspeto.

8. DORES NAS COSTAS E DOR CIÁTICA

Sinceramente, não me recordo de ter dores nas costas ou até mesmo dor ciática. Mas sim, tive dores devido ao peso da barriga, assim já no final da gravidez.

É importante arranjarmos posições confortaveis para nós e para o bebé. Manter exercicio físico durante a gravidez, sempre adapatado ao trimestre em que nos encontramos, e usar as faixas ou cintas lombares. Eu preferi usar faixas, por ser mais fácil de lavar e usar. A minha era semelhante a esta:

CONCLUSÃO

As gravidezes são diferentes de mulher para mulher e mesmo assim para a mesma mulher.

São vários os factores que influenciam a saúde de uma grávida.

O importante é estarmos atentas aos sintomas e não termos receio de falar com um médico.

As respostas nem sempre estão no Google ou nas redes sociais.

Falem com um médico primeiro. Não tenham vergonha. Estão no vosso direito.

 

O melhor elogio que poderei receber é partilharem e fazerem like no meu artigo. Vá lá! Elogiem-me!

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