A ideia

Já há muito tempo que tinha pensado em criar um espaçozinho cá em casa com ervas aromáticas. A dificuldade era o espaço – onde pôr a horta –  e o tempo. E quando digo o tempo, refiro-me à falta de vontade em perder tempo em criar uma horta e mantê-la e cuidar dela e usá-la, mesmo no inverno…..

Tenho de ser sincera.

Fonte: ultimatehomeideas

Inicialmente tinha pensado em criar um horta vertical na cozinha. Tinha a parede ideal para isso, mas implicava perder o nosso cantinho de vou-descansar-aqui-enquanto-espero-pela-comida. Sempre que me lembro com antecedência, peço às avós um raminho de salsa ou alecrim ou outra erva. Mas isso nem sempre acontece e eu acabo por ter de comprar salsa na hora porque “hoje até vou fazer salada de feijão frade e atum” e depois o que resta acaba por morrer no frigorífico.

Depois pensei na varanda da sala, mas com o sol a bater todo o dia, a horta não ia durar muito tempo. Ou até mesmo nas escadas que dão para o pátio, mas o problema do sol mantinha-se. Ou até no jardim, mas depois no inverno ninguém vai lá fora, e a horta ia acabar por desaparecer.

Por isso a ideia não passou de ideia durante alguns anos.

O empurrão

Então o que me levou a pegar nesta ideia esquecida / abandonada e transformá-la em projecto? Antes de mais a alteração na nossa alimentação. A comida fica muito mais saborosa quando acrescentamos uma erva aromática, seja a salsa no peixe, os coentros na salada, o cebolinho na omeleta ou até mesmo o manjericão na mousse de lima.

Mas o verdadeiro empurrão foi no Dia da Mãe, quando o Martim me ofereceu um vaso com um tomateiro de tomate cherry, plantado na oficina do Dia da Mãe promovido pela Fundação de Serralves. Podem ler tudo sobre esse dia aqui.

O tomateiro precisava de um espaço para ser plantado e de um vaso maior. Então, eu e o Martim fomos ao horto e compramos um vaso. O Martim quis ainda comprar um morangueiro. Agora tínhamos dois vasos para plantar e ainda não tínhamos escolhido o espaço.

O projecto

O projecto ainda vai a meio gás. Na verdade apenas temos feito pesquisas sobre mini-hortas caseiras. Mais o pai do que eu. O pai está muito envolvido nisto 🙂

Aliás, ontem, dia 31 de maio, o pai foi a uma grande superfície, daquelas que vendem materiais de construção, para ver materiais para construirmos a mini-horta.

Materiais? Construir? Estranho, certo? Pois bem, depois de muito pesquisarmos (o pai claro), decidimos criar uma horta hidropónica.

E o que é isto de horta hidropónica? Pois bem, a hidroponia consiste no cultivo de vegetais em pequenos espaços, não precisa de solo, apenas água e luz solar.

Fonte: inhabitat

Existem vários kits para construir uma horta hidropónica em casa, mas também se pode fazer com material comprado e adaptado ao espaço e necessidades de cada pessoa.

Fonte: inhabitat

O cultivo hidropónico tem vários benefícios:

  • As plantas são de excelente qualidade;
  • Ocupa pouco espaço;
  • Consome poucos recursos.

Futuramente, falarei mais sobre este tipo de cultivo, logo que o projecto comece a desenvolver-se.

Benefícios em ter uma horta

Independentemente do tipo de cultivo que se planeie fazer em casa, existem vários benefícios em ter uma horta em casa, principalmente uma horta de ervas aromáticas.

Eis alguns motivos para o fazermos:

  • Ervas frescas sempre disponíveis – mesmo quando preparamos uma refeição não planeada, temos sempre uma erva aromática à nossa espera no jardim pronta a ser utilizada, para dar aquele toque especial à comida;
  • Refeições mais saborosas – adicionar algumas ervas aromáticas ao frango assado, torna-o ainda mais saboroso e apetitoso, quase gourmet! Não haverá mais “pratos simples”. Até as batatas ganharão outro sabor. O céu é o limite! Isto é, apenas estamos limitados à variedade de ervas que plantarmos;
  • É bom para a saúde – adicionar ervas aromáticas à dieta é uma excelente forma de aumentar o consumo de vitaminas. Para além disso, praticar jardinagem e também um bom exercício físico.;
  • Poupa dinheiro – as ervas aromáticas são caras quando compradas num supermercado e por vezes o supermercado não tem as ervas aromáticas que pretendemos;
  • É educativo – jardinagem de ervas aromáticas é uma experiência educativa não só para os adultos como também para as crianças. Há sempre algo novo a aprender (novas técnicas de jardinagem, novas receitas, curiosidades…);
  • Alivia o stress – cuidar de uma horta ajuda a aliviar o stress do dia a dia. Os nossos sentidos, nomeadamente o tacto e o olfacto beneficiam das ervas aromáticas e até ficam revitalizados;
  • É esteticamente bonita – as hortas de ervas aromáticas são esteticamente bonitas. Ficam bem, inclusivé, juntamente com arbustos e flores.

“Cultivar em casa está ao alcance de todos… entendemos a horta em casa como um exercício de sustentabilidade, que nos converte em cidadãos mais comprometidos com o meio ambiente e mais responsáveis no nosso consumo.” Planeta Huerto

Como usar as ervas aromáticas e seus benefícios

Salsa – É diurética, combate a formação de gases, alivia os sintomas de bronquite, asma, cólicas menstruais e auxilia no tratamento de cálculos renais. Contém vitaminas (A, e C), minerais (cálcio, ferro, magnésio, enxofre e potássio) e bioflavonoides.Usar em: Saladas, molhos para carnes, massas, sopas, peixe, legumes

Coentros – Melhora a motilidade e as secreções gástricas, propriedades anti-inflamatórias e antibacterianas. Rico em ferro e vitamina C. Usar em: Açordas, sopas, saladas, pratos de carne e de peixe e marisco.

Manjericão – Combate vómitos, cólicas intestinais e diarreias. Atua sobre o aparelho urinário, ativando os rins e aliviando o ardor à micção. Alivia situações de tosse, bronquite, rouquidão, dores de garganta, ajuda a cicatrizar aftas. Possuem óleos essenciais, vitaminas C e A.Usar em: Saladas, sopas, pratos de cordeiro, porco, pratos italianos, peixe e frutos do mar.

Cebolinho – Propriedades antioxidantes, ajuda na digestão e melhora a circulação sanguínea. É rico em vitaminas A e C.C Usar em: Batatas, leguminosas, sopas, carnes, assados, peixes, pratos com ovos, molhos, sanduíches, saladas, patês e queijo fresco.

Oregãos – Estimula as funções gástricas e biliares. Auxilia no tratamento de dispepsia, arrotos, enjoos, flatulências e estomatites. É diurético, expetorante e ameniza dores menstruais. Possuem óleos essenciais, vitamina C e um alto teor de antioxidantes.Combina com o tomate, o pimento, a beringela e as massas, com a vitela, com carnes brancas, pratos de peixe e com queijos.

Alecrim – Estimula o funcionamento do fígado e facilita a digestão. É indicado para combater o cansaço físico e mental e a depressão. Apresenta propriedades antioxidantes e ajuda na circulação sanguínea.Fica bem com: Carne de porco e aves, em assados de peixe, de carneiro, cabrito e vitela, em batatas assadas e linguiças. Molhos e grelhados. Confeção de azeite aromatizado.

Hortelã-menta – Erva descongestionante. Evita situações de azia e má digestão. Auxilia no alívio de dores abdominais e dores musculares. Fonte de vitaminas A, B, C e minerais (cálcio, fósforo, ferro e potássio). Serve para: Aromatizar saladas, de legumes ou de frutas, sopas, sobremesas de chocolate, gelados e cocktails.

Tomilho – Digestivo, anti-inflamatório e expetorante (ajuda a limpar as vias respiratórias). Da sua composição nutricional destacam-se as vitaminas do complexo B, vitamina C e o magnésio. Perfeito para guisados e cozidos, pratos de carne, de peixe, sopas e molhos (assados e grelhados).[

Fonte: Aromáticas VivasGardening Know How; Planet Huerto; Noocity

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