Todas as pessoas que vão ao Zoo de Santo Inácio são recebidas por estes simpáticos cães da pradaria. Há quem se arrisque e lhes ofereça comida (apesar de indicações contrárias por parte do zoo), há quem se arrisque a fazer festinhas e a ficar sem um dedo. Mas a verdade é que estes simpáticos animais estão quase logo à entrada, de portas abertas para quem os quiser ver (e quem diz portas, diz buracos – onde o Dinis quase que caiu, vá, enfiou o pé!).

Este domingo fomos ao Zoo de Santo Inácio. É quase como que uma tradição. Vamos todos os anos. Se bem que no ano passado não fomos, porque o Martim foi com a escola, e por tanto, não fazia sentido ir.

O Martim já havia pedido para irmos ao zoo. Qualquer zoo. Desde que tivesse animais. Prometemos-lhe (e isto é algo que não devemos fazer, porque pode correr mal para nós, pais!) que após os fins de semana de aniversários, iríamos ao zoo. E domingo foi o dia.

Claro que pensámos bem se deveríamos ir ou não. Estamos em tempo de Covid, e todos os cuidados são poucos. Desmarcámos as férias. Temos pouco contacto com pessoas fora da nossa família mais próxima. Mas também não podemos ficar fechados em casa, muito menos os nossos filhos. Não faz bem nem ao corpo nem à mente.

COVID-19 E O ZOO

Quando visitarem o Zoo de Santo Inácio, é essencial levar toalhetes, gel desinfetante, muda de roupa, máscaras e viseiras. E paciência. Levem muita paciência, porque as crianças são crianças e vão pôr as mãos nos vidros e nas vedações e nas mesas e nas cadeiras… Mesmo depois de lhes gritarmos 50 mil vezes para não o fazerem.

O ideal é comprarem os bilhetes online de forma a evitarem as filas nas bilheteiras. Nós não o fizemos e tinhamos tido bastante tempo para o fazer antes de sairmos de casa, mas esquecemo-nos. E como pretendíamos chegar na abertura do zoo (10h), achámos que não íamos apanhar fila.

Errado.

Primeiro porque chegámos às 10h30. Segundo porque já havia uma fila (enorme as olhos dos meus filhos).

Mantivemos a distância de segurança, e quando estavamos a chegar à bilheteira, colocámos as máscaras e às crianças demos os chapéus com as viseiras (da Zippy)

Dentro do parque não é necessário andar de máscara (até porque o tempo começou a aquecer e era impossível andar sempre de máscara, mas nas zonas fechadas como o Reptilário, a Casa dos Animais Noturnos e no Túnel dos Leões é necessário, e claro, quando nos dirigimos aos bares e restaurante ou em locais com muita gente (mas isso acho que já parte da consciência de cada um, certo?).

O zoo tem à disposição dispensadores de gel desinfetante na bilheteira, WCs e bares. Sinceramente, pensei que fossemos encontrar daqueles automáticos e mais do que os que estão à disposição, mas a verdade é que agora andamos todos (ou quase todos) com um frasquinho de gel desinfetante. Pelo que se calhar o gel dIsponibilizado pelo zoo faz sentido.

A nossa recomendação é levarem comida convosco. Esta é daquelas coisas que ainda não ultrapassámos. Ainda não conseguimos ir a um restaurante desde que começou a pandemia. Lamento, mas não nos sentimos confortáveis. Aliás, no domingo foi a primeira vez que bebemos café fora de casa, lá no bar do Lago, num copo de cartão (e se pensar muito nisto, nem café devia ter bebido, mas isto são ideias minhas).

O zoo tem muitos espaços para se fazer piquenique, mas não recomendo o parque das merendas logo a seguir aos animais da quinta (e já vos explico porquê). Nós levámos o lanche habitual das crianças, mais sandes de panado e batatas fritas, e muita água. Sentámo-nos no bar do Lago, limpámos tudo com toalhetes e gel e almoçámos. E porque limpámos? Porque apesar das recomendações serem de se limpar /desinfetar todas as mesas e cadeiras após cada utilização, isso não se verificou lá. Aliás só vi uma funcionária a fazê-lo uma hora após termos chegado ao bar. E pelo o que vou vendo “pelos caminhos de Portugal”, o mesmo se passa em outros cafés e restaurantes 🙁

Por isso, recomendo limparem tudo antes de se sentarem.

Não querem andar carregados com o farnel? Podem sempre comer lá. A escolha é vossa. Como disse, nós ainda não nos sentimos confortáveis em comer comida feita fora. As refeições ficam entre os 6€ e os 10€.

No entanto, se forem juntar o valor do bilhete ao valor da refeição, bem, a visita acaba por ficar cara, visto que um adulto paga 15.90€ e uma criança a partir dos 3 anos paga 10.50€. Vá, façam lá as vossas contas (se calhar, o dinheiro das refeições dá para visitarem outro sitio, como o Zoo da Maia ou o Zoo de Lourosa, por exemplo).

ZOO DE SANTO INÁCIO

Em relação ao zoo, é um excelente espaço para se visitar, e as crianças adoram o túnel dos leões (isto se tiverem sorte em apanhar o leão ou uma leoa em cima do túnel ou então perto do mesmo; na primeira vez que lá fomos, o leão e suas companheiras estavam tão longe, que o Martim não os conseguiu ver). Estas últimas vezes tem corrido bem 🙂 Mas ainda não assistimos à hora da alimentação, mas também não sei se quero assistir a isso…

O zoo é grande. Tem 15 hectares, 200 espécies e 600 animais. Mas, eu acho que este número não está correto. E vou explicar-vos porquê.

Sabem quando vos disse para não comerem no Parque das Merendas? Pois bem, perto desse parque e por todo o zoo anda uma espécie de animal que ninguém gosta, a não ser que sejamos repteis ou aves de rapina. Estou a falar de ratos. Ratos e mais ratos por todo o lado!!!

Eu juro que nunca tinha visto os sinais de aviso de presença de ratos, mas desta vez os sinais estavam lá, por todo o lado. Assim como os ratos. Aquilo é horrível! E sinceramente acho que eles perderam o controle daquela população. Completamente ou então as águias, mochos e cobras andam de dieta, e não têm comido quase nada. Não entendo!

Com calma, tempo ameno e crianças crescidas, conseguimos passar o dia todo no zoo. Com calor e crianças pequenas, e com  a demonstração das aves de rapina cancelado, uma manhã + almoço chega. Nós chegámos às 10h30 e saimos às 14h.

Mas ainda se pode assistir à alimentação dos leões, das lontras, dos pinguins e dos lemures. Por isso, se quiserem assistir a tudo, acabarão por passar o dia todo no zoo.

Relativamente ao preço, apesar de ficar caro para uma família de 4 (o Dinis passará a pagar a partir dos 3 anos), a verdade é que justifica-se o valor. Eu sei que reclamamos sempre dos preços, os zoos são caros, os oceanários são caros, tudo é caro quando somos muitos, certo? Porque pagar quase 60€ de entradas + gasolina + portagens (se for o caso disso) é uma despesa muito grande.

Mas é preciso pagar funcionários, manutenção de espaços, alimentação, medicação e tratamentos, etc. E não nos podemos esquecer que durante o inverno (que dura cerca de 9 meses em Portugal – raios parta a chuva) não há visitas. Nós não vamos visitar estes lugares nessa altura. Preferimos os shoppings, certo? (excepto este ano graças ao COVID-19).

“Ah, mas o governo ou as câmaras têm de ajudar. É obrigação deles.”. Claro que sim. Mas com que dinheiro? O nosso claro! Somos nós que pomos o dinheiro lá, lembram-se? São os nossos impostos que são utilizados para pagar subsídios de cultura, manutenções de monumentos e de ruas, aumentos de salários na função pública, etc… Somos nós, com os impostos que nos empurram pela guela abaixo que pagamos tudo isso. Por isso dizer que tem de ser o Estado a suportar as despesas dos zoos vale o que vale. (peço desculpa pela conotação política neste parágrafo).

Eu prefiro organizar visitas especiais com os pequenos, poupando onde for possível (no piquenique, por exemplo) e levá-los lá, a conhecer sítios novos (ou revisitar os mesmos sítios), porque um dos meus objetivos como mãe é proporcionar memórias boas e duradouras nos meus filhos.

CONCLUSÃO

Se ainda não visitaram o Zoo de Santo Inácio, eu aconselho a fazê-lo, mediante a vossa disponibilidade financeira. Organizem um dia especial. Façam uma surpresa aos vossos filhos. Preparem um piquenique.

Mas não fiquem fechados em casa por causa do COVID-19. Tomem as devidas precauções e tudo correrá pelo melhor. Não deixem de proporcionar boas memórias aos vossos filhos por causa deste vírus.

A verdade é que há coisas que podemos controlar e por isso evitar, mas há outras que não.

Este ano a nossa vida está a ser assim. Mas não sabemos como será no próximo ano, se este COVID-19 ainda vai andar por aqui.

Por isso optem por viver e não sobreviver (sempre com as devidas precauções).

O melhor elogio que poderei receber é partilharem e fazerem like no meu artigo. Vá lá! Elogiem-me!

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